Dançante e empolgante! Saiba como é o álbum RENAISSANCE, novo álbum de Beyoncé.

Imagem: Reprodução | Instagram (@beyonce).

Finalmente, saiu o álbum mais esperado do ano! RENAISSANCE é a volta da Beyoncé aos álbuns solo desde 2016 – em 2018, a cantora lançou um álbum, mas junto de Jay-Z, seu marido.

Uma das coisas evidentes do álbum é a ausência de uma música declaradamente feita para ser trend no tiktok – apesar de considerar isto impossível. Com boa parte das músicas com mais de 4 minutos, mesmo sem intenção, a cadência de ritmos em cada faixa pode gerar um grande buzz para RENAISSANCE na rede social. Apesar desse fator aparentar que a cantora não está atenta a esses movimentos, engana-se – ela deixa claro em ações, como lançar as versões a capella e instrumental nas plataformas digitais para livre acesso de DJs e outros artistas.

(Imagem: Reprodução | Instagram @beyonce)

Outro fator que pode ser observado é seu poder de relevância. Ela não precisou falar sobre seu álbum para que ele fosse um sucesso de imediato. Além disso, surpreende pela qualidade. É quase inacreditável como a cantora não consegue fazer algo pela metade ou que deixe a desejar tudo é perfeito. Como a Rolling Stones afirmou e a Beyonce comprovou neste álbum, ela é de fato a maior artista do entretenimento em vida.

As músicas, num todo, são dançantes e agradáveis para se ouvir em qualquer lugar. Parece uma resposta a indústria, que vinha destacando o quão conceitual e séria havia se tornado suas obras. Em algumas faixas, Beyonce retorna ao pop que nós tanto desejávamos ouvir. Por fim, podemos pontuar que o álbum surpreendeu as expectativas dos fãs. É uma das maiores obras primas sonoras dos últimos anos, algo que já se previa vindo da maior artista viva do planeta.

Nós analisamos canção por canção para que você possa saber o que te aguarda. Confira:

THIQUE, em sua sonoridade, lembra uma outra música da cantora: “Don’t Hurt Yourself”, do álbum Lemonade. Varia entre partes dançantes, do Dance House que é uma das principais propostas do álbum, e outras que lembram trap.

ALIEN SUPERSTAR é outra música dançante, com ares de pop do início dos anos 2010. Por algum motivo, me lembrou “Hands To Myself”, de Selena Gomez – apesar de acreditar que a música não é inspirada nela. O que define a música é um próprio trecho dela: “Category: Sexy Bitch!”

BREAK MY SOUL é o grande hit do álbum. Remete as músicas de ballroom, amplamente retratada na série “Pose” – para quem viu a série, é quase impossível ouvir sem imaginar os personagens dançando enquanto Pray Tell comenta. As versões “A capella” e apenas do ritmo, para facilitar remixes, destacam o quão completa essa música.

CHURCH GIRL começa com um sample junto de cantos típicos das igrejas anglicanas dos Estados Unidos, evoluindo para um remix. Definitivamente, não é uma das músicas mais inocentes do álbum. O sample de fundo faz ficarmos imersos numa vibe dos baile charmes dos anos 90.

COZY tem batidas pesadas e te dá uma impressão de que tocará em todas as baladas num curto intervalo de tempo. Apesar de não ter me agradado enquanto ouvinte, é perceptível o cuidado com cada parte da canção – entre os samples e, principalmente, quando a cantora faz backing vocal para ela mesma.

CUFF IT tem um sample inicial que lembra a icônica “Celebration”, de Kool & The Gang e a participação de um trompete que torna a música ainda mais completa. Essa é uma das músicas que parecem ter sido feitas para uma trilha sonora de alguma animação da Pixar – e isso não é uma crítica. Por algum motivo, me lembro das músicas lançadas por Beyoncé no início do século.

ENERGY, que tem feat com o rapper Beam, é uma das músicas mais fluidas e curtas do álbum, tendo 1:56 de duração – e te dá a impressão de que ela foi escrita exatamente para isso.

HEATED traz uma tropicalidade ao álbum que não fez falta mas que, quando agregada, torna ele ainda mais completo. O rap cantado no final com sample de leques (sim, é isso que você leu) é o ponto alto da canção.

MOVE, que contém a participação da histórica cantora Grace Jones, tem um ritmo que lembra um dos últimos trabalhos da artista, Black is King. Grace tem uma participação sutil, mas agregadora para a faixa.

PLASTIC OFF THE SOFA é uma música romântica, que lembra os anos 80. Beyoncé brilha nessa música cantando de um jeito sutil, quase que sussurrado. Algo que chama atenção são os seus famosos vibratos que, em muitos momentos, impressionam pela sua altura, desta vez impressionam pela sua sutileza.

(Imagem: Reprodução | Instagram @beyonce)

VIRGO’S GROOVE, como o próprio nome diz, é um groove – padrão ritmado popular e que pode ser encontrado no soul, salsa e no funk. Este último é o que mais se aproxima da faixa. É a mais longa do álbum, com 6:06 minutos, e nem um pouco enjoativa, devido a cadência de ritmos que, harmônicos, dão um frescor a canção.

ALL UP IN YOUR MIND começa com um grave que se assemelha a um trap, que se confirma ao longo da canção. Talvez não seja a música dançante que se deseja, mas ajuda a dar um respiro na completude do álbum.

SUMMER RENAISSANCE é uma das melhores músicas do álbum, daquelas que a Beyoncé deixa de lado os agudos e foca na sutileza da sua voz. Música típica do verão americano que faz sucesso nas boates.

AMERICA HAS A PROBLEM tem um sample de “Cocaine”, de Kilo Ali. É um pouco dançante, porém já aviso que não é uma das críticas mais pesadas feitas à sociedade americana pela Beyoncé – como alguns especularam. 

I’M THAT GIRL tem uma vibe que lembra “Pretty Hurts” numa versão mais suave, contendo um sample de “Street Shit”, de Thommy Wright III & Princess Loko. Vai aumentando o ritmo e o tom da crítica ao longo da canção.

PURE/HONEY volta com o ballroom, que ditou as primeiras músicas do álbum citadas nesta lista. Se pudesse prever, diria que essa tocará nas boates LGBTQIAP+ mais tradicionais. Parece uma mesclagem de três músicas numa só, com transições perfeitas para cada parte.

Por fim, torço para o clipe de todas, especialmente Break My Soul, Cuff It, Move, Church Girl, Plastic Off The Sofa, Summer Renaissance, – eu sei que é quase improvável que ela lançará o clipe de todas essas, mas não custa sonhar.

Ouça agora a nova obra-prima de Beyonce, RENAISSANCE:

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