Novo fenômeno atual e uma das séries mais aguardadas dos últimos tempos, “The Sandman”, HQ escrita há 32 anos pela lenda viva Neil Gaiman, finalmente está entre nós, então já prepare seu lápis de olho preto vamos acompanhar o nosso querido personagem Sonho em sua jornada.
A série começa quando Sonho (Tom Sturridge), o senhor de Sonhar, é capturado pelo ocultista Roderick Burgess (Charles Dance) que esperava aprisionar Morte, irmã do protagonista, mantido em cativeiro por um século eventos que mudarão o mundo dos sonhos e o mundo desperto para sempre. Para restabelecer a ordem e consertar os erros que cometeu durante sua longa existência, Sonho precisa se aventurar por diferentes mundos e linhas do tempo, revendo velhos amigos e inimigos, e encontrando novas entidades, tanto cósmicas quanto humanas.
Um esplendor visual, “The Sandman” leva o gênero de fantasia a outro nível, com um material denso que passa entre deuses e demônios, tão profunda e rica que a possibilidade de amontoar suas ideias em 10 episódios pareceria impossível, porém Neil Gaiman, Allan Heinberg, David S. Goyer e a equipe da Netflix não apenas atenderam as expectativas – elas as superaram.
Com diálogos ricos de simbolismo, características de Gaiman, um visual estonteante a cada episódio, e atuações incríveis, a série segue um padrão de qualidade irretocável em todo o seu decorrer, porém, devo destacar o episódio 6, em que, após cumprir seus objetivos, Morpheus, o senhor Sonho, deprimido e sem propósito tem uma longa conversa com sua irmã a Morte, interpretada com doçura e muito carisma pela belíssima Kirby Howell-Baptiste, um ep tecnicamente simples, todavia transbordando o melhor que um bom roteiro pode oferecer, os diálogos e os ensinamentos ficam na memória por muito tempo, um episódio simplesmente perfeito.
Outra coisa que fico feliz de destacar é que “The Sandman” é um deleito de representatividade LGBTQIA+, com praticamente todos os personagens de destaque sendo do vale, algo que já era extremamente percursor no quadrinho de Neil Gaiman, lançadas entre 1989 e 1996.
Maior hit da Netflix atualmente, série já atingiu o #1 em mais de 89 países, e aclamada pela crítica com 87% de aprovação no Rotten Tomatoes, deve arrecadar algumas indicações e prêmios principalmente na parte técnica. É sucesso que fala, né?