Youtuber é vinculado a massacre em série da HBO Max: “eu não tenho nada a ver”

Foto: Reprodução/YouTube – Core

O YouTuber “Core”, a qual possui um canal no YouTube dedicado sobre jogos, teve seu nome citado no terceiro episódio de um documentário da HBO Max como um “prato cheio para os aliciadores” que detalha o Massacre de Realengo, crime que ocorreu em uma escola pública do Rio de Janeiro em 2021.

Um suposto especialista, que faz parte do documentário, afirma em vídeo: “Core, né? O maior canal brasileiro de conteúdo infantil, que não é infantil”. Ele ainda mostra um dos vídeos do youtuber sobre o jogo “Five Nights At Freddy’s” e diz que o jogo supostamente serve como isca para aliciamento de menores.

“É um jogo que parece bobo, mas ele vem de um massacre também numa lanchonete americana, e fizeram um joguinho que não é infantil, nunca foi infantil. A criança vai para lá e vira um prato cheio dos aliciadores”, afirma o suposto especialista educacional.

A afirmação do suposto especialista sobre a história do jogo ser baseado em um “massacre em uma lanchonete” é falsa e já foi desmentida por Scott Cawthon, criador dos jogos.

Por sua vez, Core gravou um vídeo-resposta sobre a repercussão da série. De acordo com ele, “É triste ver o seu trabalho sendo colocado em um negócio completamente trágico e real, que feriu a vida de várias famílias, um negócio com o qual eu não tenho nada a ver.”

Ele complementa: “E não faz nem sentido o argumento dele. Mais uma vez querendo colocar videogames como os causadores das violências, dos problemas que acontecem na nossa sociedade.”

Através das redes sociais, Core afirmou que não foi procurado pela plataforma ou pela produtora do documentário para realizar seu direito de resposta. Ele disse que o conteúdo que cria para internet não é dedicado para crianças: “Eu estou realmente preocupado com o que pode acontecer comigo.”

A HBO Max, que foi procurada pelo Splash, afirmou que não vai comentar o caso. A produtora do documentário não respondeu as solicitações de posicionamento dos jornalistas do UOL.

Veja a resposta do criador de conteúdo:

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