Borrando os limites entre ficção científica e criação musical, Psycho Delícia lança o álbum “Psy-fi”

A banda de rock psicodélico Psycho Delícia, que está se destacando cada vez mais na cena da música experimental de Porto Alegre e do país, comemora a estreia de seu primeiro álbum visual. Intitulado “Psy-fi”, o novo trabalho que explora ferramentas da inteligência artificial, já se encontra em todos os apps de música e os clipes serão disponibilizados em breve no YouTube oficial da banda.

Formada pelos produtores Erick Endres e Bruno Neves, juntamente com o VJ Frederico Demin, a banda utiliza inteligência artificial para criar vídeos e imagens ilustrativas para as músicas. O disco “Psy-fi” carrega no nome um trocadilho com a temática “scifi”, de ficção científica, que rege a toda a obra autoral.

A principal diretriz do novo projeto é criar uma narrativa que mistura som e imagem, com inspiração na ficção científica, transportando o ouvinte para um novo universo. O disco foi inteiramente gravado ao vivo, então os takes que aparecem nos clipes e vídeos, são dos exatos momentos das músicas.

“Esse projeto borra essa linha entre a performance musical e a atuação que temos enquanto astronautas na parte visual. E isso tudo reflete nosso show, que conta com muito loop de guitarra e baixo, samples disparados em tempo real, e manipulação da parte visual ao vivo, pra trazer a galera pra essa nossa nave ‘psychodeliciosa'”, eles afirmam.

O uso da IA está presente em toda a parte visual do disco. Utilizando diferentes ferramentas, eles criam o universo da obra com inteligência e se transformam em astronautas, trazem a parte externa da nave e manipulam imagens de plantas com o objetivo de criar a flora dos planetas que visitam na história do disco.

“Como música instrumental tende a ter seus conteúdos mais abrangentes, já que não tem uma letra para guiar o ouvinte, usamos a IA. No nosso caso, a parte visual serve quase como a voz das músicas, se utilizando da estética de ficção científica para apontar caminhos para quem está absorvendo. E acaba que tem performance junto, já que o vídeo, no show ao vivo, é manipulado em tempo real”, explica a banda.

O processo de produção e de composição misturam-se. O álbum foi todo concebido no Armazém Sonoro, estúdio situado no Vila Flores, centro cultural em Porto Alegre e que tinha como colaboradores Erick, Bruno e Mariano Wortmann (responsável pela captação). O processo de mixagem também foi feito por eles e também seguindo o mesmo princípio de liberdade e experimentação.

A sonoridade do álbum é uma mistura das referências e experiências de cada um dos integrantes. Bruno traz a linguagem do rap nos samples e grooves e a sua pesquisa de bateria preparada (que é tema do seu tcc de música popular UFRGS), criando diversas texturas diferentes. Erick vem de uma escola de rock, funk e fusion, tanto tocando baixo quanto guitarra, se deixando levar pelas possibilidades sonoras dos pedais de efeito, ora fazendo a guitarra de baixo, ora fazendo o baixo de guitarra e dos improvisos. Isso tudo, sempre sendo impulsionado pelas ideias visuais do Fred e pela liberdade máxima durante a criação e improviso, que se transforma no som psicodélico e pesado da Psycho Delícia.

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