O Ministério Público (MP) do Distrito Federal entrou com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para mudar uma decisão da própria corte, que havia absolvido o apresentador Marcão do Povo, do SBT, do crime de racismo contra a cantora Ludmilla.
Anteriormente, em dezembro de 2024, o STJ absolveu Marcão do Povo da acusação de injúria racial contra a cantora Ludmilla, que aconteceu em janeiro de 2017, quando ele ainda era apresentador da Record.
A decisão foi tomada por uma única ministra, e a defesa de Ludmilla anunciou que iria recorrer, acreditando que o colegiado do STJ mudaria a decisão e reconheceria a atitude de Marcão como criminosa e preconceituosa, evitando um retrocesso na luta contra o racismo no Brasil.
Entenda o caso:
Aconteceu quando Marcão do Povo apresentava o programa Balanço Geral (Brasília) na Rede Record e chamou Ludmilla de “pobre e macaca” depois de uma matéria que mostrava que a cantora não queria atender os fãs. Assim que ele foi demitido da emissora, o SBT contratou.
Além disso, Ludmilla também passou por outra situação de racismo com Val Marchiori, que também não venceu no processo. Nessa situação, a cantora desfilava como rainha de bateria do Salgueiro e em uma transmissão ao vivo, a socialite disse: “Esse cabelo dela está parecendo um Bombril, gente”.
“Jamais desistirei dessa luta”, disse Ludmilla após derrota em processo de injúria racial.
RACISMO NÃO É LIBERDADE DE EXPRESSÃO
— LUDMILLA (@Ludmilla) March 26, 2021
A UC se solidariza por Ludmilla na luta contra o racismo: na esperança que casos como o que a cantora passou, não sejam repetidos com ela, nem com nenhuma pessoa preta.