Quando alguém diz que “esse som é muito 3030”, não é força de expressão, é identidade. Essa assinatura, que mistura rap, poesia, violões e brasilidade, é justamente o ponto de partida de “Origens”, novo EP do trio que chega às plataformas digitais nesta quinta-feira (04/12). O projeto reúne cinco faixas que resgatam momentos marcantes da trajetória do grupo e inauguram um novo ciclo criativo.
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Composto por “Lucidez e Faya”, “Raízes”, “O Mundo e Ela”, “Procuro Um Lugar” e “Encenação”, o EP funciona como uma espécie de travessia afetiva e sonora. Cada faixa revisita elementos que se tornaram inseparáveis do DNA do 3030: o swing que passeia pela MPB, o flow leve e envolvente, a espiritualidade presente nas letras e a conexão profunda com as origens baianas, que dão nome e direção ao projeto.
Uma volta às raízes sem perder o futuro de vista
Em “Origens”, o 3030 não busca apenas nostalgia. O EP se posiciona como um reencontro com aquilo que formou o grupo, mas sob o olhar de quem já percorreu uma longa estrada. As músicas soam familiares para quem acompanha o trio desde os primeiros trabalhos, ao mesmo tempo em que revelam maturidade, cuidado estético e um refinamento ainda maior na produção.
O já lançado single “O Mundo e Ela” é a síntese desse espírito. Com um balanço quase djavaniano, melodia solar e versos que transitam entre afeto e contemplação, a faixa traduz a fusão mais emblemática do 3030: um rap de atmosfera orgânica, guiado pela sensibilidade poética e pela musicalidade brasileira.
Gravado no coração da Bahia, o clipe reforça essa estética, refletindo a leveza e o estado de reconexão que embalou a criação do EP.
Bahia como ponto de partida e de retorno
A escolha da Bahia como cenário e referência não é casual. É ali que o 3030 se reencontra com suas bases, tanto afetivas quanto musicais.
“A Bahia é um lugar que sempre nos puxa pra dentro, pra nossa base. Foi onde tudo começou e onde a gente sempre se reencontra”, explica LK.
Essa geografia afetiva atravessa as faixas, seja na percussão que remete à música popular brasileira, seja na forma de cantar e de contar histórias. “Origens” é, ao mesmo tempo, uma homenagem a esse território e uma reafirmação de como ele moldou a identidade do trio.
Liberdade criativa e maturidade artística
Para Bruno Chelles, revisitar sonoridades e sentimentos não é um retorno preso ao passado, mas um gesto de liberdade artística:
“A gente nunca quis ficar preso a uma fórmula. ‘Origens’ é sobre revisitar o que somos, mas trazendo a bagagem de quem percorreu muita estrada. É uma nova leitura, com o mesmo coração.”
O EP atualiza aquilo que o público já reconhece como “muito 3030”: letras que equilibram espiritualidade, cotidiano, amor e autoconhecimento, em diálogo com arranjos orgânicos, violões marcantes e beats que não abrem mão do groove.
Já Rod destaca o simbolismo desse lançamento na linha do tempo do grupo:
“Estamos muito felizes com esse lançamento. Esse EP resgata o que nos formou, mas também aponta para onde estamos indo. É um reencontro e, ao mesmo tempo, um novo começo.”
“Origens” reacende a chama do 3030
Mais do que um EP comemorativo, “Origens” reafirma o lugar do 3030 como um dos nomes mais respeitados da cena nacional. O projeto reacende a chama que marcou as primeiras jornadas do trio, mas com o acréscimo da experiência, da estrada e da maturidade.
Entre memórias, reconexão espiritual e novas possibilidades sonoras, o EP mostra que revisitar o passado pode ser também a melhor forma de abrir portas para os próximos capítulos, e de lembrar por que, no fim das contas, “esse som é muito 3030”.
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