Exclusivo: DJ Ramemes fala sobre experiência de produzir novo álbum de Pabllo Vittar

Foto: Reprodução/Internet. Montagem: UpdateCharts.

Aos 23 anos, Ramon Henrique Fernandes, mais conhecido como DJ Ramemes, se prepara para viver uma de suas maiores conquistas profissionais. Assim, o famoso disco-jóquei das noites cariocas foi confirmado como um dos produtores do novo álbum de Pabllo Vittar, ainda sem nome.

Quem o vê brilhar agora como um dos envolvidos no sucessor do “Batidão Tropical“, nem imagina a discriminação que o natural de Volta Redonda (RJ) sofreu ainda no início de sua carreira. Muito conhecido como “o destruidor do funk”, não foi ele que se autointitulou dessa maneira. Essa era a forma que o tratavam com a intenção de ofender o jovem. Todavia, Ramemes não se deixou abalar e adotou o apelido.

O ‘destruidor do funk’ surgiu quando fiz um set de 200bpm e todo mundo deu hate falando que eu estava destruindo o funk. Peguei isso e usei (risos). Agora, sou o destruidor do funk.

DJ Ramemes

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Sempre muito carismático e levando a vida com leveza, o artista aceitou bater um papo com a UpdateCharts. Além de comentar sobre a parceria com a drag queen mais seguida do mundo nas redes sociais, Ramon Henrique revelou como enxerga o cenário do funk nos dias atuais, suas inspirações e seu processo de criação.

Sobre a carreira

Quando você começou a produzir e por quê? Desde sempre faz funk? Comecei em 2017 porque eu achava engraçado e quis entra na pira do funk. Com isso, fui aprendendo e indo atrás de como aperfeiçoar o meu próprio estilo. Sim, desde sempre fiz funk, porque é o que eu gosto.

Em suas músicas, você utiliza bastante de palavrões. Acredita que isso limita sua arte chegar para mais gente? Como enxerga esse tabu com termos obscenos? A parada sobre ser um tabu ter palavrão em música já tinha que ter acabado há muito tempo. Hoje, uma criança abre o TikTok e já vê 1 milhão de palavrões (risos), mas entendo que em certos lugares é meio inconveniente ter esses termos. No entanto, não deveria ser um tabu.

Foto: Reprodução/Instagram

Como é o processo de criação de uma música? Quanto tempo, em média, você gasta para produzir? O tempo de processo de uma música minha depende muito do que eu quero fazer. Às vezes, faço algo rápido, às vezes, demoro meses.

Quais são suas inspirações? Minhas inspirações são os meus amigos da comunidade aqui do Rio e eu mesmo (risos).

O atual cenário do funk

Qual sua visão sobre o cenário atual do funk? Ótima! Que seja mais experimental a cada dia, que ninguém entenda mais nada do que está acontecendo na música e entre na pira máxima numa festa.

Muito se discute na internet sobre a semelhança do gênero hyperpop com o funk, você concorda? Eu acho legal sempre fortalecer o funk integrando ele nas paradas, acho bom. Eu só não gosto quando botam termos gringos em coisa da gente, tipo quando chamam algo que é funk de, sei lá, hyperfunk. Sendo que não é, se trata apenas de um mandelão ou funk de São Paulo.

DJ Ramemes e Pabllo Vittar: uma colaboração inesperada

Como você reagiu ao saber que iria produzir para a Pabllo Vittar? Muito feliz, né? Era algo novo na minha carreira algum trampo assim.

Foto: Reprodução/Instagram

Já acompanhava o trabalho de Pabllo Vittar antes? Se sim, o que mais te chama atenção na arte dela? Acompanhava, o que me chamou atenção foram os forrós, eu adoro!

Além da Pabllo, com quais artistas pretende colaborar um dia? Qualquer um que me chame e seja a minha vibe, eu tô dentro.

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