Estudo revela que mulheres recebem apenas 10% dos direitos autorais distribuídos

Um dos principais eventos de música eletrônica do mundo e com 19 anos de existência, o Picknic Électronik, acontece pela primeira vez no Brasil no sábado, 4 de março.
Foto: Divulgação

Realizado pela UBC, União Brasileira de Compositores, estudo destacou uma desigualdade de gênero no Brasil no âmbito da música. O estudo é pioneiro e fala sobre a participação feminina no mercado musical.

O estudo foi divulgado em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, e traz como referência os dados dos direitos autorais e sua distribuição. No relatório, feito todos os anos, mostra que houve um aumento da quantidade de associadas em 2022 comparado ao 2021 – se comparado ao valor dos homens, representa apenas 10% desse valor.

O valor para as mulheres vem crescendo acerca da arrecadação do exterior, sendo 17% do valor geral em 2022. Dos 100 associados que mais arrecadaram ano passado, 27 são mulheres – mais que o dobro, se comparado com 2021.

Houve um aumento no número de obras e fonogramas com mulheres cadastrados – gerando um aumento de 17%, se comparar 2021 com 2022.

Na UBC, órgão responsável pela pesquisa, 57% dos funcionários são femininos – quando se refere à cargos de liderança, chegam á 60%. 

“Entendemos a importância deste levantamento para o mercado. A partir dele, muitos projetos em prol da equidade de gênero são embasados e conseguem ganhar o mundo, gerando oportunidades e uma mudança ativa na nossa indústria. Como instituição, seguiremos fomentando o debate e apoiando ações comprometidas não só com a igualdade de gênero, mas com todo tipo de diversidade”, explica Mila Ventura, Head de Comunicação na UBC.

A pesquisa está disponível no site da UBC.

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