Com sua verdade e vulnerabilidade, Day Limns lançou seu aguardado segundo álbum de estúdio, “VÊNUS≠netuno”, uma obra inovadora que promete redefinir o cenário do pop/rock brasileiro. O álbum é uma jornada emocional que traça um paralelo entre complexidade das relações humanas, abordando temas como dualidade, sacralidade, pecado e redenção.
VÊNUS≠netuno
O novo álbum trata da dificuldade de conciliar a relação entre o terreno e o espiritual, o sacro e o profano, o bem e o mal, mas com a eterna tentativa de fazer dar certo. Segundo a artista, “VÊNUS≠netuno” é alguém obcecado por romantizar, idealizando quem ama a ponto de colocá-la num pedestal, atribuindo a essa pessoa a importância “de um deusa” e que, quando de frente com a realidade nua e crua, encontra verdadeiras dificuldades para enfrentá-la ou simplesmente aceitá-la como é, levando à desilusão.
Uma catarse de sentimentos que consumiam a artista, como a culpa que a perseguia por não se sentir suficiente, uma emoção profundamente enraizada em sua vivência na igreja, o novo álbum é uma jornada de auto libertação, carregada de raiva, paixão e uma pitada de inocência de seus trabalhos anteriores.
Para Day, esse disco representa o exorcismo de sentimentos que a devoravam, como o da “culpa de nunca ser o suficiente”, que ela foi ensinada a sentir por tanto tempo em sua vivência na igreja. Nesse álbum, a artista se liberta com mais sangue nos olhos, raiva e tesão. Ao mesmo tempo, tentando manter o romantismo e o quê de inocência dos seus primeiros trabalhos.
“Estava tudo muito à flor da pele e a culpa foi desencadeada. Não me fizeram sentir assim, mas reagi baseada na minha vivência. Pensava: ‘Eu era muito ruim, eu sou um lixo, uma cruz para aquela pessoa’. Percebi que a minha necessidade de endeusar alguém vinha muito desse lugar, de crescer precisando de salvação.” diz Day.
Vulnerabilização
Para o projeto, Day Limns mergulha firme nas próprias sensações, abrindo feridas na intenção de se curar. Ao lado dos cinco vezes indicados ao Grammy Latino, Los Brasileros, a cantora conta com DMAX e Isadora Sartor como produtores do projeto, além de compositoras como Carolzinha e Jenni Mosello que contribuem muito para o pop brasileiro.
Investindo em uma sonoridade mais forte e elementos dark, “VÊNUS≠netuno” é a materialização de muitos sentimentos e de uma busca por respostas. O projeto mostra uma artista potente, tanto em suas letras, quanto nas músicas em si, provando o clamor de Day ao mostrar seus sentimentos.
“Tive a ideia de falar sobre o relacionamento da perspectiva de alguém que viveu na igreja por muito tempo. Tratando essa pessoa como se fosse uma deusa mesmo, uma coisa romântica e idealista. O resultado de colocar alguém no pedestal é que você se sente inferior. É uma expectativa irreal e injusta que você coloca na pessoa e que ela nunca vai atingir porque é tão humana quanto você” disse Day.
Parcerias
Day escolheu cuidadosamente seus colaboradores para trazer perspectivas nunca antes vistas em cada faixa do projeto. Na já lançada “CINZEIRO”, a artista se une a FROID, uma figura proeminente na cena musical urbana, que emprestou seu talento a uma composição instigante. Conhecidas por sua imponência e letras fortes, Hyperanhas une forças com Day Limns em “APOCALÍPTKA”, faixa que captura a essência de um apocalipse iminente, criando uma experiência musical inesquecível.
Lançado junto a audiovisual dirigido por GAFE, conhecido por seu trabalho icônico em “Doce 22”, de Luísa Sonza, “VÊNUS≠netuno” será apresentado por meio de visualizers envolventes, criando uma jornada visual que complementa a música.
O novo álbum é um divisor de águas na carreira da cantora, fundindo diversos gêneros musicais e uma visão artística profunda.