As nove escolas campeãs do Carnaval de São Paulo desfilaram no Sambódromo do Anhembi no último sábado (8).
O Sambódromo do Anhembi foi palco para a apresentação das escolas de samba campeãs do Carnaval de São Paulo de 2025. Ao todo, as nove escolas mais bem colocadas desfilaram na noite do último sábado (8), desde os Grupos de Acesso até o Grupo Especial.
Entre as escolas, estavam as campeãs do Grupo de Acesso 2 (Camisa 12 e Pérola Negra), as campeãs do Grupo de Acesso 1 (Mocidade Unida da Mooca e Tom Maior), e as cinco mais bem colocadas do Grupo Especial (Camisa Verde e Branco, Mocidade Alegre, Gaviões da Fiel, Acadêmicos do Tatuapé e a campeã Rosas de Ouro).
Desfiles
Grupo de Acesso 2
A primeira escola a entrar na avenida foi a vice-campeã do Grupo de Acesso 2, a Camisa 12, que homenageou Alafim de Oyó com o enredo “Edun Ará Ase Idajo – Força que faz a Justiça”, pelo carnavalesco Delmo de Morais. Seguida pela campeã do grupo, a Pérola Negra, com o enredo “Exu Mulher” de Rodrigo Meiners. O enredo foi inspirado em uma tese acadêmica e explorou as faces femininas de Exu. Ambas as escolas subiram para o Grupo de Acesso 1 para o Carnaval de 2026.
Grupo de Acesso 1
Às 21h30, a Mocidade Unida da Mooca desfilou apresentando o enredo “Krenak – O presente ancestral”. Uma homenagem à cultura indígena e ao lider indígena Ailton Krenak, membro da Academia Brasileira de Letras. Em seguida, a campeã do Grupo de Acesso 1, Tom Maior, reeditou o enredo de 2009 “Uma nova Angola se abre para o mundo! Em nome da paz, Martinho da Vila canta liberdade”, uma homenagem ao sambista Martinho da Vila e à cultura angolana. As duas escolas agora fazem parte do Grupo Especial do carnaval de 2026.
Grupo Especial
Já do Grupo Especial, quem abriu o desfile foi a quinta colocada na lista geral. A escola Camisa Verde e Branco levou para a avenida uma homenagem ao cantor Cazuza, levando o enredo “O tempo não para! Cazuza – o poeta vive!”, a narrativa passou pela infância do cantor até a vida adulta. A mãe do cantor, Lucinha, esteve presente na última alegoria. Na sequência, a Mocidade Alegre, campeã de 2024, desfilou na avenida com o enredo “Quem não pode com mandinga, não carrega patuá”.
A Gaviões da Fiel, terceira colocada na pontuação geral, pela primeira vez desfilou com um enredo afro: “Arin Ajó Emi Ojisé – A Viagem do Espírito Mensageiro”, desenvolvida pelos carnavalescos Julio e Rayner, trouxe a visão de mundo e valores morais dos povos africanos. A vice-campeã, Acadêmicos do Tatuapé, desfilou com o enredo “Justiça – A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar” pelo carnavalesco Wagner Santos. O enredo aborda elementos mitológicos, religiosos e históricos para mostrar a evolução do conceito de justiça.
E a campeã do Carnaval de São Paulo em 2025, a Rosas de Ouro, encerrou o último desfile da noite com o enredo “Rosas de Ouro em Uma Grande Jogada” pelo carnavalesco Fábio Ricardo. A escola apresentou o mundo dos cassinos (Cassino Brasilândia), jogos de tabuleiro (Xadrez, Dominó) e jogos atuais (Banco Imobiliário). A escola levou o título de campeã do carnaval de São Paulo de 2025 com uma apresentação de 62 minutos.