Nesta terça-feira (13), a influenciadora Virgínia Fonseca esteve no Senado Federal, em Brasília, para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets. A CPI investiga como as apostas online afetam os brasileiros. A convocação partiu da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que quer entender o papel de celebridades na divulgação dessas plataformas e os riscos envolvidos.
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Durante o depoimento, Virgínia negou que recebesse dinheiro com base nas perdas dos apostadores. Segundo ela, o contrato com a empresa Esportes da Sorte previa pagamento fixo, com um bônus caso dobrasse os lucros — o que, segundo afirmou, nunca ocorreu. Além disso, garantiu que sempre avisou seus seguidores sobre os riscos das apostas e nunca prometeu lucros fáceis.
A influenciadora compareceu à CPI amparada por um habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão lhe deu o direito de permanecer em silêncio para não se autoincriminar. Ainda assim, ela precisou responder a perguntas sobre outras pessoas investigadas.
Contratos e publicidade
Virgínia contou que o contrato com a Esportes da Sorte teve duração de 18 meses e já foi encerrado. Atualmente, mantém parceria com outra casa de apostas, mas preferiu não revelar o nome. Ela se recusou a informar o maior valor que já recebeu com propagandas do setor. Por outro lado, aceitou entregar à CPI uma cópia do contrato antigo, que ficará em sigilo por causa de cláusulas de confidencialidade.
A CPI também convocou outras celebridades. Estão na lista o ex-BBB Felipe Prior, os cantores Gusttavo Lima, Wesley Safadão e Jojo Todynho, além dos influenciadores Deolane Bezerra, GKay, Felipe Neto e o humorista Tirulipa. A comissão quer entender o impacto dessas parcerias publicitárias no comportamento do público e nas finanças das famílias brasileiras.