Em um segundo momento do Meli Music, quem subiu ao palco com status de grande atração foi Veigh, um dos principais nomes da nova geração do rap nacional. O show, marcado por emoção, maturidade artística e hits cantados em coro pelo público, também serviu como uma despedida simbólica da era Dos Prédios, projeto que consolidou Veigh como um dos artistas mais relevantes do gênero nos últimos anos.
Em uma performance intensa e muito bem recebida, Veigh mostrou segurança de quem cresceu muito desde os primeiros lançamentos. O público, formado majoritariamente por jovens, vibrou com clássicos do álbum e já demonstrava curiosidade sobre o que está por vir na nova fase, intitulada Eu Venci o Mundo (EVOM).
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Nos bastidores, logo após o show, Veigh conversou sobre o significado desse encerramento. “Pô, tô muito ansioso pra essa próxima fase”, contou, com os olhos brilhando ao falar do que vem por aí. “Eu espero que a rapaziada consiga entender o que eu quero passar. Eu acho que através do show a gente consegue passar uma energia, passar uma mensagem, tá ligado? Então, eu creio que o pessoal vai entender que a gente vai chegar de uma forma diferente.”
A nova etapa, segundo ele, vai além da música. A ideia é transformar também o formato das apresentações ao vivo. “Eu vejo muitos artistas lá fora apresentarem o show de uma forma diferente, com mais dança, com mais formas teatrais, de trazer uma parada pro show pra não ficar só aquela parada de cantar, o pessoal ouvir e pular, tá ligado? A gente quer pensar em coisas que envolvem mais o público, que o público às vezes não cante, não pule, mas que fiquem prestando atenção.”
Entre suas referências para esse novo momento estão nomes consagrados da música pop internacional. “Eu vejo muito show lá de fora que a rapaziada pensa nessa vibe. Tipo, não que eu vá fazer igual, porque eu acho que não tenho esse nível artístico, mas o Bruno Mars, eu acho que ele tem um estilo de apresentação muito diferente, tá ligado? Justin Timberlake também é um artista que eu gosto bastante. Então acho que essa vibe de apresentação é muito da hora, então eu quero trazer pelo menos um pouco disso, tá ligado?”, revelou. E, com bom humor, completou: “Quem sabe venha um pouco disso no EVOM, não sei. O pessoal já fala que a gente é artista pop mesmo, né? Vamos ver.”
O Meli Music serviu como palco de encerramento de um ciclo e de início simbólico para o próximo. O que ficou claro é que Veigh está determinado a evoluir não só como rapper, mas como artista completo, visual, sonoro e performático. E se depender da energia que tomou conta do festival, Eu Venci o Mundo tem tudo para marcar uma nova era não só na carreira de Veigh, mas também na forma como o rap brasileiro se apresenta nos palcos.
