A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sofreu um tentativa de atentado quando chegava em sua casa em Buenos Aires. O ato aconteceu por volta das 22h desta quinta-feira (01) e foi registrado ao vivo pela imprensa local. Segundo a Polícia Federal da Argentina, o autor suspeito da ocorrência é um brasileiro de 33 anos e foi detido pelas autoridades.
Nos vídeos veiculados pela imprensa, o homem aponta uma arma para a cabeça de Kirchner em meio a vários apoiadores aglomerados e ao perceber a movimentação, ela leva as mãos para a cabeça em uma tentativa de se proteger. A vice-presidente estava cercada de seguranças e se preparava para embarcar em um carro. O suspeito identificado como Fernando André Sabag Montiel foi detido logo após o registro das imagens.
Em pronunciamento transmitido pela televisão, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, repudiou a violência e declarou feriado nacional nesta sexta-feira 30, “para que, em paz e harmonia, o povo argentino possa se expressar em defesa da vida e da democracia e em solidariedade” declarou a autoridade.
Repercussão no Brasil
Contudo, por meio das redes sociais, candidatos à presidência manifestaram suas declarações sobre o caso. Em seu perfil oficial no Twitter, Luís Inácio Lula da Silva repudiou o ódio político: “Toda a minha solidariedade à companheira Cristina Kirchner, vítima de um fascista criminoso que não sabe respeitar divergências e a diversidade. A Cristina é uma mulher que merece o respeito de qualquer democrata no mundo. Graças a Deus ela escapou ilesa. Esta violência e ódio politico que vêm sendo estimulados por alguns é uma ameaça à democracia na nossa região. Os democratas do mundo não tolerarão qualquer violência nas divergências políticas.” escreveu o ex-presidente.
A também candidata Simone Tebet comentou sobre a violência política: “Violência política no Brasil, violência política na Argentina. É preciso dar um basta a tudo isso. As lideranças devem recriminar essas atitudes. Ainda bem que a arma falhou. Que tristeza! Reafirmo minha posição pela paz na política, pela paz nas eleições.” escreveu ela em seu perfil.