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today14 de agosto de 2022
Ronnie Von e seu filho Léo.(Reprodução/Site Ego)
Hoje é comemorado o dia dos pais, uma das datas mais nobres do calendário onde os laços de amor e afeto são ressaltados de maneira perene. O pai é aquele que na alegria ou na dor mostra que está ali para ser colo, afago, instrução e prumo para os filhos, além de também ser exemplo. Pensando nisso, listo hoje cinco histórias de amor: De pais, para filhos.
MANOEL CARLOS

O conhecido e prestigiado autor de novelas Manoel Carlos é unanimidade quando o assunto é televisão. Tendo cinco filhos, “Maneco” como é conhecido, sofreu a dor de ter perdido três deles. O primeiro, Ricardo de Almeida (à esq.) faleceu quando tinha 32 anos em 1988, em decorrência do HIV. O segundo, Manoel Carlos Júnior (meio), teve um ataque cardíaco aos 58 anos em 2012. O terceiro foi o seu filho caçula Pedro (à dir.), que teve um mal súbito em 2014, vindo a falecer com apenas 22 anos.
Sobre ter perdido Manoel Júnior, ele declarou: “Às vezes, acho que não caiu a ficha, sinto vontade de telefonar para o meu filho mais velho. É visceral, físico. Até hoje não consegui apagar o celular dele do meu telefone. É uma noite sem fim. Mesmo que não fique obcecado por isso, mesmo que eu não morra por isso, mesmo que eu não adoeça por isso. É algo permanente”. Maneco também chegou a homenagear seu filho Ricardo, que colaborou com alguns de seus trabalhos na TV, pois desde sua morte, ele passou a usar uma frase em todas as suas obras que foi apresentada por Ricardo na série “Novo Amor”, de 1986. A frase é apontada como dita pela escritora Virginia Woolf, que diz: “A partir de uma certa idade, os anos passam voando, mas os dias são intermináveis”. Maneco tem mais duas filhas: A escritora Maria Carolina, e a atriz Júlia Almeida, que atuou em grande parte das novelas do pai.
PAULO SILVINO

O ator Paulo Silvino, grande mestre do humor, se viu perdendo o riso em 1993, quando seu filho Flávio sofreu um grave acidente, o carro que ele conduzia foi atingido por um carro-forte. Foi neste momento que se viu sem chão, mas buscando forças, olhou para o céu e pediu a Deus: “Você não tem como não levantar ele, porque o Brasil inteiro está orando para levantar o Flávio. Se você não levantar ele, você vai ficar desacreditado. Se você levantar o Flávio, pra você vai ser um marketing maravilhoso, porque ele tá morto, aí ele vai levantar e as pessoas vão dizer ‘Milagre, Milagre!’, e foi isso que aconteceu. Depois da história do Flávio, ele não precisa mais me provar mais coisa nenhuma, pois foi a maior alegria que ele poderia ter me dado, de ver o meu filho vivo, levantar e sair do coma rindo.”
Atualmente, Flávio está com 51 anos, e Paulo nos deixou em 2017. Paulo também teve mais dois filhos, João Paulo e Isabela, e ela sempre ressalta a pessoa que foi seu pai e seus trabalhos e contribuições para o humor brasileiro, além de contar uma curiosidade: Quando criança, Isabela não assistia desenhos, mas sua maratona era totalmente dedicada a fitas de humor dos programas que seu pai participava, a exemplo, “Viva o Gordo”.
RONNIE VON

O clássico cantor Ronnie Von provou também o seu sucesso dentro de casa, como pai. Aos 19 anos, ele se casou com a jornalista Aretuza, com quem teve seus filhos Alessandra e Ronaldo. No fim dos anos 70, o casamento acabou e ela foi embora deixando as crianças para Ronnie cuidar, e ele ficou traumatizado e acamado com uma doença neurológica por um ano. Recuperado, ele criou os filhos e depois de toda a vivência sendo mãe e pai ao mesmo tempo, ele escreveu o livro “Mãe de Gravata”, onde detalha todas as experiências e desafios que viveu. Após tudo isso, ele voltou a se casar somente em 1986, com Kika, uma antiga amiga, e dessa união nasceu o terceiro filho, Léo (foto em destaque) que seguiu os passos do pai e é músico.
JÔ SOARES

Jô Soares, que se despediu de nós recentemente, foi pai de Rafael, nascido em 1964. Ele era autista, e Jô contou que por isso ele permaneceu a vida inteira como um menino. Jô tinha muito orgulho do filho, e compartilhou algo que aprendeu com ele: “Uma vez, em uma livraria, ele chegou junto ao caixa carregando uma dúzia de livros. Eu estranhei, falei: ‘Espere aí, isso é muito. 12, não. Escolha seis’. Ele disse: ‘Então, não quero nenhum’. Pensei que era malcriação: ‘Como assim não quer nenhum?’. ‘Eu prefiro não escolher. Porque escolher é perder sempre’, ele respondeu.”, Rafael morreu em 2014 devido a complicações de um câncer diagnosticado no cérebro.
MARCOS MION

Exímio exemplo de pai, Mion é engajado na causa do autismo, tendo como foco informar a respeito. Sobre isso, ele declarou: ‘Tenho um propósito que Deus me deu, na forma do maior amor da minha vida’, ele também contou da descoberta: “Romeo tem um autismo considerado leve, e foi uma evolução, conquistamos isso. Quanto antes você tem o diagnóstico, melhor. E eu venho de família de médicos, e nas primeiras avaliações, quando ele nasceu, meus pais disseram: ‘tem alguma coisa’. A gente já vinha com indícios, parecia que era e não era. É difícil o diagnóstico. No meu caso, começamos a trabalhar muito cedo independentemente disso”.
Em 2020, o engajamento de Mion obteve grandes resultados: Foi sancionada a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea). A norma foi batizada de Lei Romeo Mion, nome do filho de Marcos e que tem o transtorno do espectro autista. As qualidades de Mion como pai sempre são ressaltadas, principalmente em entrevistas onde seus próprios filhos falam sobre ele.

O amor sempre será um dos principais pilares e nortes para as relações, seja de pais com filhos, seja de filhos com pais. Um Feliz Dia dos Pais!
Escrito por Maurício Viana
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