Bolsonaro pode ser preso? Entenda o que acontece após pedido da PGR ao STF

Apesar do pedido de condenação feito pela PGR, Jair Bolsonaro segue em liberdade; STF ainda analisará o caso antes de qualquer decisão sobre prisão
Jair Bolsonaro
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira (14), em Brasília, a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada. O pedido foi feito nas alegações finais da ação penal que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar disso, Bolsonaro ainda não será preso neste momento, pois a decisão sobre sua eventual prisão ainda depende de julgamento pela Corte.

O documento da PGR não solicita prisão preventiva. O órgão apenas conclui que Bolsonaro deve ser responsabilizado por liderar uma organização criminosa com objetivo de manter-se no poder por meios ilegais. Segundo o Ministério Público, houve articulação para desacreditar o sistema eleitoral, incitar ataques a instituições democráticas e fomentar medidas autoritárias.


⚖️ Bolsonaro será preso?

Não agora. A PGR não incluiu pedido de prisão preventiva nas alegações finais. Isso significa que Bolsonaro segue em liberdade até que o STF analise o caso e tome uma decisão definitiva. A Corte ainda vai abrir prazo para as defesas dos réus, e só após isso é que os ministros votarão se condenam ou não o ex-presidente.

Mesmo em caso de condenação, há possibilidade de recursos. Só após o trânsito em julgado (quando não cabem mais apelações) é que uma eventual pena de prisão poderá ser executada.


🔍 Quais crimes a PGR atribui a Bolsonaro?

  • Organização criminosa armada
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Tentativa de golpe de Estado
  • Dano qualificado ao patrimônio da União
  • Deterioração de patrimônio tombado

Se condenado por todos os crimes, Bolsonaro pode pegar mais de 40 anos de prisão em regime fechado, segundo estimativas da própria PGR.


⏳ O que acontece agora?

  1. Fase das defesas: O ex-ajudante Mauro Cid, que é colaborador no processo, terá 15 dias para apresentar seus memoriais. Em seguida, os demais réus, incluindo Bolsonaro, também terão 15 dias.
  2. Julgamento pela Primeira Turma: Composta por cinco ministros, a Primeira Turma do STF poderá agendar o julgamento a partir de setembro.
  3. Possíveis recursos: Mesmo se condenado, Bolsonaro poderá recorrer antes que a sentença se torne definitiva.

🗳️ Contexto político

O processo ocorre em meio a outras investigações contra Bolsonaro, como o caso das joias sauditas e a fraude em cartões de vacinação. Mesmo fora do poder, ele segue como figura central da oposição ao governo Lula, o que torna qualquer decisão judicial contra ele potencialmente explosiva do ponto de vista político e institucional.

Autor

  • Wellison Sales

    Jornalista e analista de SEO. Escreve sobre tendências e entretenimento desde 2022 com passagens por RedeTV!, Record e Portal Trend.

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