A polícia de Los Angeles identificou o corpo encontrado no porta-malas de um Tesla registrado em nome do cantor d4vd como sendo de Celeste Rivas, adolescente de 15 anos desaparecida desde abril de 2024. Além disso, autoridades rebocaram o veículo após denúncias de odor forte em Hollywood Hills.
A identificação da jovem se baseou em pertences pessoais e em um detalhe marcante que aumentou as suspeitas: uma tatuagem no dedo indicador com a inscrição “Shhh…”, idêntica à do artista.
Linha do tempo do caso
- Abril de 2024: Celeste Rivas desaparece de sua casa em Lake Elsinore, Califórnia.
- 8 de setembro de 2025: Corpo de Celeste é encontrado no Tesla de d4vd, estacionado em Hollywood Hills.
- 13 de setembro de 2025: Mãe de Celeste confirma que a filha mantinha relacionamento com “David”, nome verdadeiro de d4vd.
- 17 de setembro de 2025: Investigadores descobrem que d4vd possui tatuagem idêntica à de Celeste.
Investigação em andamento
As autoridades de Los Angeles tratam o caso como homicídio, embora a causa da morte ainda não tenha sido oficialmente determinada.
Portanto, a polícia cumpriu mandado de busca na residência de d4vd, apreendendo itens eletrônicos para análise. Além disso, uma casa próxima ao local onde o Tesla foi encontrado também passou por buscas.
D4vd, cujo nome verdadeiro é David Anthony Burke, cancelou um show em Seattle e afirmou, por meio de sua assessoria, que está colaborando integralmente com as investigações. Consequentemente, seu cancelamento gerou repercussão imediata nas redes sociais.
Conexões perturbadoras
A coincidência das tatuagens não é o único detalhe que chama atenção. Fãs descobriram uma música inédita de d4vd intitulada Celeste, com letras que sugerem um relacionamento íntimo com a jovem.
Além disso, imagens e vídeos recentes mostram Celeste e d4vd juntos, levantando ainda mais dúvidas sobre a natureza da relação.
A mãe de Celeste confirmou o relacionamento da filha com David, sem detalhar o vínculo. Enquanto isso, a polícia segue investigando todas as conexões possíveis entre a vítima e o cantor.
Reações do público
O caso gerou indignação nas redes sociais, com internautas questionando a responsabilidade de figuras públicas em situações de vulnerabilidade juvenil.
Especialistas em comportamento adolescente alertam que a exposição precoce a ambientes de celebridades aumenta os riscos para jovens impressionáveis. Por isso, destacam a importância da supervisão.
O incidente também levanta debates sobre limites de privacidade e ética na indústria do entretenimento, especialmente no tratamento de fãs e seguidores jovens. Além disso, reforça a necessidade de políticas mais rígidas.
Pedofilia estrutural e cultural: abuso normalizado
O caso de Celeste Rivas, expõe uma criança a um relacionamento com um adulto em posição de poder, algo que aparentemente durou meses ou anos, possivelmente com omissão de pessoas próximas.
Afinal, esse tipo de situação não é isolada: a pedofilia estrutural e cultural permanece enraizada, especialmente em ambientes de entretenimento e elites, onde poder e fama frequentemente protegem abusadores e normalizam comportamentos predatórios.
Casos midiáticos como os de R. Kelly, condenado por exploração sexual de menores, e Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual de meninas, mostram que essas redes de abuso só persistem quando não há punição efetiva. Portanto, a responsabilização é essencial.
No caso de d4vd, o silêncio do cantor e de seus agentes reforça a percepção pública de responsabilidade, mesmo sem condenação judicial. Afinal, esses crimes devem ser julgados com firmeza, para enviar mensagem clara de que abusos contra mulheres e crianças não ficam impunes.
Enquanto isso, os crimes contra mulheres e meninas continuam crescendo, muitas vezes ignorados ou minimizados. Afinal, ser mulher em 2025 permanece um exercício constante de sobrevivência, e crianças como Celeste não estão protegidas.
Ela se torna mais uma entre milhares de meninas e mulheres que sofrem diariamente, reforçando assim a urgência de mudanças culturais e estruturais para prevenir novas tragédias.
Além disso, é fundamental conscientizar a sociedade sobre o impacto da pedofilia estrutural e da violência de gênero, garantindo que casos como o de Celeste não se repitam.