Em uma reviravolta política anunciada neste sábado (5), Elon Musk revelou a criação do “Partido América” nos Estados Unidos. O comunicado foi feito em seu perfil na rede social X (ex-Twitter), um dia após realizar uma enquete popular em 4 de julho, data da Independência dos EUA. Com mais de 1,2 milhão de votos, cerca de 65% dos participantes apoiaram a formação do novo partido.
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A decisão marca um rompimento definitivo com Donald Trump, após a assinatura do controverso “One Big Beautiful Bill”, projeto de lei considerado por Musk um desperdício de recursos e uma ameaça à economia. O bilionário criticou o sistema bipartidário americano, chamando-o de “uniparty”, e afirmou que o Partido América representará os “80% esquecidos no meio” do espectro político.
Musk prometeu financiar campanhas contra políticos que votaram a favor do pacote de Trump, focando mais em aliados republicanos do que em democratas. Segundo ele, o objetivo é renovar o Congresso e combater a “corrupção institucionalizada”.
Partido não é oficial
Apesar do anúncio, o Partido América ainda não consta formalmente registrado junto à Comissão Federal de Eleições (FEC). Especialistas apontam que a criação de um terceiro partido viável é um desafio enorme, envolvendo leis estaduais, logística complexa e altos custos financeiros. Musk, no entanto, acredita que sua influência e recursos podem acelerar o processo.
A ruptura com Trump já vinha se desenhando desde maio, mas ganhou força após a aprovação do projeto de gastos. Em resposta, Trump teria cogitado cortar subsídios para empresas de Musk, como a Tesla e a SpaceX, ampliando o embate político entre os dois.
O futuro do Partido América ainda é incerto. A curto prazo, Musk planeja apoiar candidatos para as eleições legislativas de 2026.