Entrevista: Alok conta detalhes sobre a AUREA Tour em SP

Reprodução/Instagram: @alok

Alok se prepara para um dos momentos mais marcantes de sua carreira: a edição especial da turnê AUREA em São Paulo, que acontecerá no dia 28 de junho, no Estádio do Pacaembu. A apresentação ainda vai acontecer, mas já gera grande expectativa, prometendo unir inovação, arte e consciência em uma performance inédita no país.

O evento integra dança, tecnologia e consciência ambiental em uma performance que une 600 drones, 4 mil placas de LED e 50 dançarinos do grupo italiano Urban Theory. Além disso, o espetáculo contará com a presença de artistas indígenas do movimento “O Futuro É Ancestral”, reforçando a proposta de equilíbrio entre inovação e raízes culturais. Vídeo com o grupo abaixo:

Após o impacto de sua apresentação no Coachella 2024, Alok sentiu um senso de urgência: “precisamos levar isso para o Brasil”. O apelo veio do público, da mídia e de patrocinadores, e agora, o espetáculo chega à capital paulista com mais força, sensibilidade e propósito. A turnê AUREA se destaca não apenas pela grandiosidade técnica, mas pela profundidade da sua mensagem.

Segundo Alok, a apresentação em São Paulo é mais do que um show: é um manifesto. Com o lema Keep Art Human (Mantenha a Arte Humana), o DJ propõe uma reflexão urgente sobre o papel da criatividade humana em tempos de automação crescente. Ele acredita que a tecnologia deve potencializar, e não substituir, a alma por trás da criação.

A UC entrevistou o Alok na coletiva de imprensa da turnê AUREA e perguntou:

UC: Como foi o processo criativo para integrar os dançarinos, os drones e os efeitos visuais a uma proposta que também traz uma reflexão profunda sobre humanidade e tecnologia?

Alok: Eu acho que a arte tem esse poder de moldar o nosso futuro através de um imaginário coletivo que a gente se cria. Por exemplo, você vê o futuro sempre tratado de maneira que a gente está com carros voadores, cidades neons, não tem mais natureza nenhuma, aquela coisa meio apocalíptica. Depois, talvez vira um Star Wars, sei lá. Mas a gente entende que a arte vai moldando o nosso imaginário para esse lugar e quando a gente começa a ver coisas que eram feitas somente em ficção científica, tudo passa a se tornar realidade.

Alok: E essa nova geração nem imagina que isso poderia ser uma ficção científica. Ela já passa a ser integrada com isso. Então, eu vejo que na construção do nosso show, a gente sempre tem que passar essas mensagens, e tem um momento que a gente traz o conceito do porquê do futuro ancestral estar ali. Inclusive, na formação dos nossos drones em Belém, a gente fazia toda uma parada, tinha uma máquina, e essa máquina ia acelerando, acelerando, acelerando, e ela entrava em uma disrupção. Daquela máquina, a gente resetava todo o sistema e criava uma árvore, as coisas ficavam mais tranquilas, entrava o futuro ancestral.

Alok: A gente tem essa forma de contar as narrativas, tentando trazer a importância de pensar num futuro, ele precisa ser um futuro possível, um futuro sustentável também como um todo. Às vezes eu divido o show, o palco, com várias outras bandas, e é muito mais sobre trazer os hits, fazer a galera vibrar pra cima e tal. Mas esse não, a gente conta histórias.

Alok: Por exemplo, tem uma parada que muita gente não sabe, mas todo lugar que a gente passa com a turnê, a gente faz um trabalho de reflorestamento. Por exemplo, a gente está junto com a SOS Mata Atlântica, agora aqui em São Paulo, fazendo o reflorestamento da Mata Atlântica, e a gente utilizou drones também pra fazer, em vários lugares que eram de muito difícil acesso. E é um experimento novo, mas que eles estão super otimistas com o resultado. Hoje a gente já plantou mais de 300 mil mudas de árvores, agora aqui na Mata Atlântica, a gente já começou a fazer 18 mil, o que equivale também a 12 pacaimbus.

Alok: E aí, a gente está trazendo esse contexto por quê? Porque toda vez que você planta uma árvore, no fundo, você está depositando fé no futuro. Tem aquela frase que fala assim: um homem que planta uma árvore, sem saber se vai ou não sentar na sombra dela, já começa a entender o sentido da vida. E é sobre isso. Falamos sobre reflorestar, mas não é só reflorestar ali, é reflorestar a nossa mente também, semear isso. Então, esse é muito o propósito que a gente tem.

A tecnologia, segundo Alok, é um recurso poderoso, mas precisa de direção humana: “O drone é programado por pessoas. CGI, computação gráfica, luz, movimento… tudo isso é tecnologia como aliada, mas guiada por um trabalho humano”, explica. Ele enfatiza que o maior desafio da turnê é mostrar o valor humano por trás da criação artística em tempos de inteligência artificial.

Sob o lema “Keep Art Human” o show celebra a alma por trás da arte e convida o público a refletir sobre o papel da sensibilidade na era das máquinas. Como diz o manifesto que guia o projeto: “a revolução não é digital, é humana.”

Os preços dos ingressos para a Aurea Tour variam significativamente, partindo de R$ 70 até R$ 900, dependendo do setor escolhido. Existem opções de meia-entrada, inteira e benefícios para clientes Ourocard. Para adquirir os ingressos, é possível acessar o site Ingresse.

SERVIÇO – TURNÊ AUREA – SHOW ESPECIAL PACAEMBU
📅 Data: 28 de junho
📍 Local: Estádio do Pacaembu – São Paulo/SP
📍 Ingressos disponíveis em: https://aureatour.com
📍 Classificação etária: Livre
💛 Patrocínio: Banco do Brasil, Vivo, Estrella Galicia, Ourocard Visa.

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