Luverboi abre o jogo sobre “Nosferatu”: detalhes do clipe e os conceitos da faixa

Misterioso, magnético e carregado de uma estética que atravessa o pop contemporâneo, Luverboi inaugura uma nova era com “Nosferatu”, seu primeiro single inteiramente em português. Lançado pelo selo BASE.CO, o artista se aprofunda em um universo onde sensualidade e trevas se entrelaçam, construindo uma narrativa sonora e visual que marca um divisor de águas em sua trajetória.

A faixa, que mistura referências do expressionismo alemão ao funk brasileiro, traduz a entrega total de Luverboi a uma estética ousada e visceral. Em “Nosferatu”, ele permite que sua própria escuridão assuma forma, não como algo a ser temido, mas como uma força sedutora, libertadora e inevitável. O resultado é um som hipnótico que consolida sua reinvenção artística.

Acompanhando esse lançamento, chega também um clipe dirigido por Rodrigo Almeida Leite em parceria com o próprio artista. Nele, Luverboi leva ao limite o conceito de libertação das amarras sociais, materializando em imagens a sedução pelo desconhecido, a quebra de padrões e a construção de uma identidade plena, sem culpa, medo ou concessões. A estética vampiresca encontra o street style, o clubber e a contemporaneidade, reafirmando o choque criativo que define este momento.

É nesse cenário, entre sensualidade, escuridão e liberdade criativa, que Luverboi surge como a nova voz a ser observada. Em uma conversa exclusiva, ele aprofunda os conceitos por trás de “Nosferatu”, comenta as referências que moldaram a faixa e reflete sobre a liberdade artística que finalmente o move sem amarras. 

Confira a entrevista completa: 

“Nosferatu” traz uma atmosfera sombria e sensual ao mesmo tempo. Como você enxerga essa fusão entre escuridão e desejo dentro da sua arte?

Enxergo como as duas bases da minha estética e sonoridade nesta era, são duas fontes que eu bebo muito. Gosto bastante de usar a sensualidade de uma forma menos convencional, mais sombria, acho que é a intersecção perfeita.

A figura do vampiro tem muitas camadas simbólicas, imortalidade, sedução, maldição. Qual dessas dimensões mais dialoga com o que você quis expressar na música?

Os vampiros são seres das trevas, e na maioria das vezes exalam sensualidade e poder, seduzem ao mesmo tempo que causam medo. Eu queria retratar essa sedução pelo estranho, pelo obscuro, onde o medo não é o suficiente para te parar, ele existe, mas o desejo fala muito mais alto.

O expressionismo alemão e o cinema gótico são referências fortes no seu trabalho. Como foi o processo de traduzir essa estética visual em uma linguagem sonora contemporânea?

Acho que meu trabalho sempre foi muito sobre colocar referências visuais e sonoras num liquidificador e extrair algo original.

Então fazer uma música funk, que é um gênero super atual, chamada Nosferatu que é uma referência super antiga, já é um choque de mundos diferentes, o que deu a liga, foi a moda, que nesse vídeo eu quis que fosse street style e clubber, justamente pra trazer pra atualidade, sem perder a estética vampiresca.

No clipe, há uma mensagem de libertação das construções sociais. Que tipo de “prisão simbólica” você acredita que mais te desafiou a romper como artista?

Me livrei da vontade de pedir licença pra existir, da culpa, do medo de incomodar, da vontade de agradar. Hoje eu quero provocar, sentir e ser, sem limites, sem censura, sem coleira. Estou me permitindo ser inteiro sem medo de ser “demais”. 

O nome Nosferatu carrega um peso histórico e mítico. Conta um pouco sobre ele e o que ele representa para você hoje, dentro dessa nova era da sua carreira?

Acho que representa a aceitação da escuridão interna, se apropriar de tudo aquilo que poderia ser usado pra te machucar ou julgar, e exalar a confiança e a sedução que existe nisso. 

Você sente que essa fase é uma espécie de renascimento, ou seria mais justo dizer que é um mergulho definitivo nas sombras?

Acho que nem chega a ser um renascimento e nem um recomeço, acho que é o começo. Hoje sei exatamente o que quero fazer e tenho a confiança necessária para fazer isso da minha forma.

Ouça o single: 

https://open.spotify.com/intl-pt/track/2sVdKlVxbO5FLWAfW5xX1b?si=3e056abd7544432b

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