O que o STF decidiu sobre a responsabilidade das redes sociais? Entenda

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Foto: Ton Molina/STF

Em Brasília, nesta quinta-feira (26), o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as redes sociais devem ter responsabilidade civil s sobre postagens de seus usuários e atuar na remoção de conteúdos ilegais.

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Após várias sessões de julgamento, a maioria dos ministros definiu que as plataformas digitais devem atuar de forma proativa para remover conteúdos que envolvam: atos antidemocráticos, terrorismo, indução ao suicídio e à automutilação, discurso de ódio relacionado à raça, religião, identidade de gênero, homofobia e transfobia, além de crimes contra a mulher, pornografia infantil e tráfico de pessoas.


O que o STF decidiu?

  1. Inconstitucionalidade parcial do art. 19 do Marco Civil: o dispositivo impedindo a responsabilização sem ordem judicial foi considerado “ultrapassado”.
  2. Dever de cuidado e monitoramento ativo: em casos como racismo, pedofilia, apologia ao golpe, violência ou discurso de ódio, as plataformas devem remover o conteúdo assim que detectado — notificação judicial não é mais exigida.
  3. Notificação extrajudicial basta: para crimes graves (exceto contra a honra), é suficiente que a vítima ou usuário notifique, sem precisar de ordem judicial.
  4. Crimes contra a honra ainda exigem ordem judicial: injúria, calúnia e difamação continuam necessitando de decisão judicial para remoção
  5. Conteúdo impulsionado: se for patrocinado, presume-se que a rede tinha conhecimento da gravidade e deve agir imediatamente.

Como cada ministro votou


Por que isso importa?


Próximos passos

O Congresso será responsável por criar regras claras e um órgão regulador, com transparência, auditoria e penalidades.

O STF ainda precisa finalizar a tese jurídica escrita oficialmente e promulgar o resultado, o que pode ocorrer antes do fim de junho.

Contudo, as redes sociais devem implementar mudanças urgentes em seus sistemas de monitoramento. Além disso, devem remover imediatamente conteúdos ilícitos, especialmente impulsionados ou patrocinados.

Com informações da Agência Brasil.

Autor

  • Jornalista e analista de SEO. Escreve sobre tendências, é autor do "Guia do Jornalista" e ouve Twenty One Pilots na maior parte do dia.

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