TSE decide que celular deve ser entregue ao mesário durante o voto na urna

A nova restrição se soma a regra de proibição do aparelho, a qual já era assegurada pelo regulamento do orgão. A discussão foi colocada em pauta após um pedido de explicações do partido União Brasil sobre a normativa.
foto: divulgação/TSE

O Tribunal Superior Eleitoral decidiu nesta quinta-feira, 25, que o eleitor deve entregar seu celular ao mesário antes de realizar o ato de votação na urna eletrônica. A nova restrição se soma a regra de proibição do aparelho, a qual já era assegurada pelo regulamento do orgão. A discussão foi colocada em pauta após um pedido de explicações do partido União Brasil sobre a normativa.

Anteriormente, a entidade eleitoral havia flexibilizado a regra, podendo o eleitor entrar na cabine com o aparelho desligado e guardado no bolso. A medida não foi satisfatória, afirmou o ministro Alexandre de Moraes durante a sessão de discussão sobre o tema: “Houve uma flexibilização do TSE permitindo desde que desligado, no bolso. Obviamente percebemos que isso não é satisfatório.” afirmou ele.

De acordo com Ricardo Lewandowski, ministro e vice-presidente do TSE, a solução é “prática” e uma resposta mais firme: “Se em um momento determinado em que os ânimos não estavam tão exaltados e o país não estava tão polarizado, a nossa resolução permitiu estabelecer uma certa flexibilidade nesta questão, o momento agora requer tenhamos uma posição bem firme”, afirmou.

Alexandre de Moraes também destacou a preocupação com possíveis milícias que subornam eleitores para registrarem os votos para um determinado candidato, além de uma tentativa de evitar tradicionais cenas manipuladas que supostamente mostram urnas rejeitando votos: “Ontem tivemos reunião com os comandos das Polícias Militares. A preocupação da coação do exercício do voto, ou sejam milícias pedindo a gravação do voto, a questão da corrupção e as tradicionais fraudes, nas quais a pessoa diz que não aparece o número e monta um vídeo para tentar que houve fraude.” complementou o ministro.

Foi determiando ainda que, em caso de descumprimento da entrega do aparelho, os mesários poderão acionar o juiz responsável pela zona eleitoral, podendo a polícia militar ser solicitada para solucionar eventuais questionamentos.

Contudo, os ministros voltam a se reunir na próxima quinta-feira 30, para votar o texto que trará à tona a proibição.

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