Por 54 votos favoráveis, Montana foi o primeiro estado dos EUA a aprovar no Congresso a proibição do aplicativo de vídeos curtos, o TikTok, a partir de 2024. A plataforma é acusada pelos legisladores do estado de ser uma “ferramenta do Partido Comunista da China”, além de supostamente espionar americanos.
A lei, que proíbe as lojas de aplicativos móveis (Apple e Google) de distribuir o TikTok, é defenfida sob menção de duas regulamentações chinesas que requerem que as companhias locais colaborem com o governo em operações de espionagem governamental.
Além disso, o fato da ByteDance, desenvolvedora do app, ter assumido que demitiu quatro empregados em dezembro de 2020 que acessaram os endereços de dois jornalistas, aumentou a pressão pela proibição.
A projeto de lei agora aguarda sanção do governador do estado, Greg Gianforte (Partido Republicano).
Tiktok nega que tenha relação com o governo chinês
Em comunicado enviado à imprensa, o TikTok chamou a proibição de tentativa de censura: “Os defensores do projeto de lei admitiram que não têm nenhum plano viável para operacionalizar essa tentativa de censurar as vozes americanas e que a constitucionalidade do projeto será decidida pelos tribunais”, disse Brooke Oberwetter, porta-voz do TikTok.
“Continuaremos a lutar pelos usuários e criadores do TikTok em Montana, cujos meios de subsistência e direitos da Primeira Emenda estão ameaçados por esse flagrante exagero do governo.” afirmou.
Anteriormente, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já havia pedido o bloqueio o aplicativo em todos os dispositivos federais. A decisão foi acatada pela maioria dos estados do país.
A acusação fez com que o empresário e CEO da plataforma, Shou Zi Chew, fosse chamado para ser interrogado pelo Congresso dos EUA. Por sua vez, ele negou todas as acusações e afirmou que nunca recebeu pedidos para compartilhar informações de usuários.