Recentemente, os incidentes de violência doméstica têm ganhado destaque nos meios de comunicação, e a narrativa envolvendo Ana Hickmann nos convida a uma análise mais aprofundada desse problema que aflige inúmeras mulheres ao redor do globo. Dados alarmantes da ONU revelam que, frequentemente, as mulheres só conseguem reunir coragem para denunciar após a sétima ocorrência de agressão em relacionamentos abusivos. Isso levanta a seguinte questão: qual é a razão pela qual tantas mulheres “se submetem”, em vez de romper com esse ciclo de violência?
Ao desmistificar certas narrativas, torna-se claro que a violência não escolhe suas vítimas com base em classes sociais ou níveis de educação. A persistência em relacionamentos abusivos não é predominantemente influenciada pela dependência econômica. A violência transcende barreiras sociais, estendendo-se além das diferenças econômicas. O papel crucial do agressor reside em menosprezar a vítima e minar sua autoconfiança, erguendo um cárcere emocional que a mantém acorrentada à situação.
A necessidade de reflexão se faz presente diante do silêncio contínuo das vítimas em relacionamentos abusivos. É imperativo analisar a resistência dessas vítimas em denunciar as agressões. Os sinais de um relacionamento abusivo surgem de forma sutil. A exposição constante de ferimentos, inclusive em plataformas de r