Em entrevista, Safí revela detalhes sobre carreira, sucesso de single e próximos passos

Safí é uma das grandes apostas do pop nacional para 2025. Com apenas 25 anos, a artista goiana celebra uma conquista importante: o single “Profecia”, lançado de forma independente, alcançou a 7ª posição no ranking Top 10 Pop Nacional da Crowley Brasil. A música não apenas conquistou espaço entre as faixas mais executadas no final de 2024, mas também continua forte nas rádios neste início de ano, superando sucessos de grandes nomes como Anitta e Lagum.

A artista nasceu em Goiânia e começou sua relação com a música ainda bebê, em aulas de musicalização. Essa vivência inicial despertou nela uma conexão íntima com a arte, que foi amadurecendo ao longo dos anos. Aos 17 anos, ao se mudar para São Paulo, Safí decidiu transformar sua paixão em carreira. Foi na capital paulista que ela mergulhou na música de forma profissional, enfrentando os desafios de ser uma artista independente.

Inspirada por ícones brasileiros como Rita Lee, Djavan e Tribalistas, além de divas internacionais como Rihanna, Madonna e Miley Cyrus, Safí construiu uma identidade artística que combina autenticidade, talento e diversidade sonora.

Sua música é marcada por letras profundas e um som pop moderno que dialoga com diferentes ritmos. O sucesso de “Profecia” é apenas o começo. Safí está prestes a lançar seu primeiro EP, previsto para abril deste ano. O projeto promete ser uma extensão de sua autenticidade artística, reunindo faixas que exploram diferentes camadas de sua musicalidade.

Para saber mais detalhes sobre a carreira da artista, o sucesso do single independente e próximos passos, confira uma entrevista exclusiva ao Update Charts:

Safí, você começou sua relação com a música ainda bebê. Como essas aulas de musicalização influenciaram sua formação artística?

Acredito que estar em contato com a música desde que eu me entendo por gente me fez criar a sensibilidade artística que todo artista precisa ter. Música é sentimento, são os 5 sentidos. Às vezes você não precisa ser um multi-instrumentista ou saber teoria musical pra fazer músicas incríveis, basta ter o feeling, sabe? Ter a música na minha vida desde criança me deu esse feeling de presente, como se fosse um sexto sentido.

‘Profecia’ alcançou a 7ª posição no Top 10 Pop Nacional da Crowley Brasil. Como você recebeu essa notícia e o que ela representa para você como artista?

Eu recebi essa notícia extasiada. Fiquei eufórica, minha alegria não cabia dentro de mim. Eu estava numa lista com artistas que escutei a vida toda e que são referências pra mim. Isso representou tanta coisa, pra começar, me mostrou que meus sonhos já não me parecem tão distantes. Sabe quando você passa de fase em um jogo? ‘Profecia’ no Top 10 da Crowley me representou isso, eu pensei comigo: “ok passei de fase”. Agora vamos pra próxima fase, que geralmente nos jogos, sempre costumam ser mais difíceis e complexas, mas estou animada e preparada pra isso.

Você mencionou que compôs ‘Profecia’ como uma mensagem para si mesma. Pode nos contar mais sobre o momento em que essa música surgiu?

Era um momento de desilusão. A vida artística é maravilhosa, mas ela exige toda sua energia de você. Também era meu primeiro single solo como Safí, até então tinha um trabalho de covers na internet e participei em feats em algumas músicas. Então eu queria falar sobre algo sincero, profundo. Na época tudo me parecia tão distante, parecia que meus sonhos eram inalcançáveis, então eu pensei, porque eu não dou inicio a minha carreira solo autoral jogando todo esse meu medo e insegurança pra fora e manifestando pro universo que tudo vai dar certo, já me imaginando lá onde eu quero chegar. Se palavra tem poder, pensa nela em forma de música e melodia, pensei comigo. Quando eu era criança, eu costumava fazer cartas pra mim mesma e colocar dentro de uma caixa e enterrar para ler no próximo ano. ‘Profecia’ foi mais ou menos assim.

Seu primeiro EP está previsto para abril. O que os fãs podem esperar em termos de sonoridade e mensagens?

Eu tenho escrito muito ultimamente, pelo menos uma música por dia e quando não sai nada eu sempre jogo umas frases pro vento e sussurro algumas melodias. Tudo tem sido muito verdadeiro, estou sentindo minhas melodias e minha caneta mais brasileira, tropical. To numa fase de escrever mais no violão e teclado do que em beat pronto e isso tem feito a sonoridade ser mais orgânica. Os temas são diversos e sempre relacionados a minha vida, meus amores, meus dilemas internos, minha relação com minha família, meu cotidiano. É tudo muito de dentro pra fora. Podem esperar por isso!

Existem colaborações ou parcerias especiais nesse projeto?”

Dentro de tantas possibilidades artísticas, eu e meus produtores no estúdio vamos entender o que dá match e realmente vem pra somar, sabe? Fazer música é um processo muito artesanal e nós estamos sendo muito cuidadosos em cada detalhe e processo disso.

Como você enxerga o papel do pop nacional no cenário global? E qual você acredita que seja o seu lugar dentro desse universo?

A música pop tem propósito. Por trás de todas essas batidas envolventes, cores chamativas, eras, cenários, holofotes, o Pop sempre tem uma mensagem pra passar. E isso me encanta. O Pop é elegante, mas ao mesmo tempo esdrúxulo, ele empodera, mas ao mesmo tempo mostra sua parte mais vulnerável, ele é nostálgico, mas sempre tão atual, ele é contraditório e me diga quem não é? O papel dele vai muito além de entreter, sabe? Ele ressignifica, transforma, dita comportamentos, salva vidas. E eu, sendo um grão de areia, diante da minha insignificância, só quero me divertir fazendo músicas atemporais. Eu tenho muito a falar e muito sentimento pra colocar e sei que tem muita gente que precisa ouvir e se conectar. Acho que esse é meu papel dentro desse universo.

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